25/01/2013

Deputado Paulo Pisco sobre a nova vaga de emigração - Encontro em Fátima (Jan. 2013)



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Domingo, 13 de janeiro de 2013 – 01:07


Paulo Pisco: Governo deixa emigrantes à sua sorte
 

Paulo Pisco, deputado do PS eleito pelo círculo de emigração, participou no "Encontro Nacional de Agentes Sócio-Pastorais das Migrações", em Fátima, entre 11 e 13 de janeiro. 

O deputado socialista Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa, acusou o governo português de incitar os portugueses a emigrar e de os “deixar à sua sorte” na União Europeia que, tal como Portugal, também está em crise.

“As pessoas são incitadas a sair e depois deparam-se com todos os dramas associados à emigração”, alertou.

Paulo Pisco definiu como “chocante e inaceitável que se tenha tornado quase doutrina oficial de quem nos Governa esta sugestão de dizer aos portugueses que se têm de ir embora (…) quando se sabe que a maioria dos fluxos migratórios é para uma Europa que também está em crise”.

O deputado sustentou que “a saída de pessoas qualificadas pode comprometer a breve prazo o nosso crescimento económico”, num país que está a envelhecer e quando “são necessárias políticas de regeneração das gerações”.

O socialista sustentou que “a crise não pode ser a desculpa para as pessoas maltratadas”, revelando-se “aterrado com o facto de sete em cada dez estudantes querer sair do país quando acabar os estudos”.

Antes, um voluntário da associação Entrelaçar, sediada em Lausanne, alertou que “a Suíça está a rebentar pelas costuras” e que “há gente, empurrada pelas circunstâncias e de modo incauto arrastam consigo mulher e filhos para o abismo”, sem conseguir trabalho ou casa onde viver.

“Os nossos emigrantes, ao saírem assim, hoje, vão sofrer imenso, vão ter de dormir nas ruas; vão viver de esmolas, vão lançar na valeta qualificações, diplomas e licenciaturas”, tudo adquirido [em Portugal] à custa dos dinheiros dos nossos contribuintes”, frisou Carlos Manuel Cruz.

O professor voluntário na associação que presta apoio aos imigrantes, disse que “muitos dos trabalhadores que emigraram “encontram-se agora sem trabalho e, consequentemente, sem alojamento” ou em condições bastante precárias.

“O sonho do paraíso esboroa-se num ápice” e “o que se lhes abre são as portas do inferno”, ilustrou Carlos Manuel Cruz.

O “Encontro Nacional de Promotores Socio-Pastorais das Migrações” decorre até domingo, promovido pela OCPM [Obra Católica Portuguesa das Migrações], Agência Ecclesia e Cáritas Portuguesa, no qual se debate os direitos, os efeitos e dificuldades da nova emigração.

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