29/04/2012

Prolongado até 3 DE MAIO o prazo de inscrição online para alunos do EPE (Abril 2012)

O Emigrante/Mundo Português
Comunidades     

http://www.mundoportugues.org/content/1/10434/inscricao-online-para-alunos-estrangeiro-alargada-para-maio/

Inscrição  «online»  para  alunos  no  estrangeiro  alargada  para  3  de  maio

Sexta-Feira, 27 de Abril de 2012
O prazo para a inscrição «online» de alunos para o próximo ano letivo no ensino de português no estrangeiro, que terminava hoje (27 de abril), foi alargado para 03 de maio, indica o «site» do Instituto Camões.

Os alunos do pré-escolar, básico e secundário que queiram frequentar aulas de português no estrangeiro no próximo ano letivo têm que fazer uma pré-inscrição «online» e pagar uma propina anual de 120 euros. As inscrições estão a decorrer desde 30 de março no site do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (www.instituto-camoes.pt) - e este é o segundo prolongamento do prazo e já tinha sido admitido pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

O prazo para as inscrições, que inicialmente devia terminar a 20 de abril, tinha já sido alargado até 27 por proposta do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas para permitir que os encarregados de educação tivessem mais tempo para fazer as pré-incrições, que decorrem agora até às 24 horas de 03 de maio.

Até ao final da passada semana, cerca de 10 mil alunos estavam inscritos nas aulas de português no estrangeiro no próximo ano letivo, de acordo com dados indicados por José Cesário. Este ano frequentam o ensino de português no estrangeiro 56 mil alunos.

Movimento Defesa do EPE na Alemanha contra propina (Abril 2012)

Movimento para a Defesa do ensino do Português na Alemanha contesta propina                                            
(Diário Digital com Lusa)
O Movimento para a Defesa do Ensino de Português na Alemanha (MDEPA) considerou hoje "ilegal e inconstitucional" o projeto do Governo de introduzir uma propina de 120 euros anuais para os lusodescendentes no estrangeiro.

"A propina de 120 euros, se for efetivada, distorcerá de forma altamente negativa o quadro do Ensino de Português no Estrangeiro (EPE)", afirma o MDEPA, em comunicado enviado à agência Lusa.
"Uns pais irão tirar os seus filhos desse ensino e outros pagar a propina sem a garantia de que os seus filhos continuem a usufruir desse ensino, por falta do número mínimo de inscrições exigido", alerta-se ainda no documento.
Segundo o MDEPA, que agrupa dirigentes associativos, conselheiros da comunidade e professores, nomeadamente, e foi criado em finais de 2011, havendo menos inscrições, haverá menos cursos do EPE a funcionar, o que levará à supressão de cursos e de vagas para professores.
Na opinião dos mesmos ativistas da comunidade na Alemanha o próprio processo de inscrição "não revela a transparência desejável, sendo aplicado em áreas escolares diferentes, com prazos muitas vezes não adequados às realidades de cada região, não levando assim em conta os interesses das famílias, dos alunos e da própria rede escolar".
No comunicado exorta-se ainda o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, que passou a ter a tutela do EPE, a criar condições para a estabilidade deste sistema de ensino, e renunciar à introdução da propina.
A concluir, o MDEPA apela aos encarregados de educação para manterem os seus filhos no EPE, contestando, simultaneamente, o pagamento da nova propina.
O Governo determinou que os alunos que pretendam frequentar aulas de português no ensino paralelo no estrangeiro no próximo ano letivo têm que fazer uma pré-inscrição online, passando a pagar uma propina anual de 120 euros, medidas que estão a ser contestadas por sindicatos, pais, professores e representantes das comunidades, que temem que a medida dite o fim do EPE.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, tem defendido que os 120 euros anuais não são excessivos, já que cobrem o manual escolar, que em alguns países representa metade desse valor, e a certificação no final dos cursos, que não existia até agora, permitindo ainda apostar na formação de professores.

Carta ao PR (protesto - propina EPE).Abril 2012

ASSUNTO: Carta ao PR - forma de protesto (propina EPE para 2012/2013)

FUNÇÕES DO PRESIDENTE: Quem é e o que faz o Presidente da República?
 

  1. O Presidente da República é o Chefe do Estado. Assim, nos termos da Constituição, ele "representa a República Portuguesa", "garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas" e é o Comandante Supremo das Forças Armadas.
    Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, "defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".
                                                                                                     (http://www.presidencia.pt/?idc=1)

___________________ **** ____________________ &&&&  ___________________

Apresenta-se de seguida uma proposta de carta, dirigida ao Senhor Presidente da República Portuguesa, sobre o futuro do ensino do Português como língua materna aos filhos dos portugueses residentes no estrangeiro e a questão da propina exigida pelo IC aos alunos do EPE, a partir do ano lectivo de 2012/2013.

É cidadão português e/ou encarregado de educação de alunos do EPE?
Se estiver interessado nesta forma de protesto, poderá usar o conteúdo desta carta ou, se assim o desejar, reformulá-lo e enviar (em correio normal, ou carta registada e/ou com aviso de recepção) para:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva
Palácio de Belém
Calçada da Ajuda, nº 11
1349-022 Lisboa
PORTUGAL
_________________ ******  __________________  +++++  ____________________
                                                                                                                             Suíça, 25 de Abril de 2012

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Eu, (nome completo) ……………………………………..…….…….……….…………, encarregado de educação do(s) aluno(s) …………………………………………….….……………………… e ……………………………...…….……………………… do Ensino Português no Estrangeiro na Suíça, residente em (morada) …………..........…………..……..........., venho deste modo, junto de V. Exa., mostrar o meu descontentamento e a minha preocupação perante a continuação da aprendizagem da Língua e Cultura Portuguesas do(s) meu(s) educando(s), visto que, segundo as novas regras para inscrição nos cursos de Português, impostas pelo senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, e pelo antigo Instituto Camões, actual CICL, cada aluno terá de pagar uma propina (em todos os ciclos de ensino do 1° ao 12° ano) para ter acesso ao ensino básico fundamental da sua própria língua materna.

Estou, simplesmente, a solicitar a V. Exa. que faça com que se cumpra a nossa Lei Fundamental que é a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA no seu art° 74 n° 1, o qual afirma que “todos têm direito ao ensino com garantia do direito de igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”. O n° 2 estabelece que incumbe ao Estado: “a) assegurar um ensino básico universal, obrigatório e gratuito; e) estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino” e ainda, na alínea “i), assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso à cultura portuguesa.” O art.º 13º, sobre o Princípio da Igualdade, afirma no seu nº 2, que “ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito em razão (…) do território de origem…”

Estas propinas vêm criar uma situação de desigualdade e uma flagrante injustiça, na medida em que, enquanto o ensino básico e secundário é gratuito em Portugal, passará a ser pago para os portugueses residentes no estrangeiro, a menos que frequentem o ensino integrado, o que mais agrava ainda a injustiça.

Na expetativa de uma resolução positiva, da parte de V. Exa.,

Subscrevo-me com a maior consideração

………………………………........………………………………………………..
                                                                                                                                 (assinatura)

Propina EPE - Não paguem (M. Beja).Abril 2012

Não paguem

“Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental.”
                                                                   Declaração Universal dos Direitos do Homem

As notícias que predominam nos tempos actuais não são animadoras: a actual “crise” portuguesa, fruto do acumular de sucessivos erros políticos, da corrupção instalada aos mais altos níveis, do oportunismo dos capitães das finanças e da ditadura dos bancos, está a transformar o país num sistema do mata e esfola. Morrem os idosos por falta de tratamento hospitalar e medicamentos, esfolam os trabalhadores e o resto da população com as baixas dos salários, cortes nos direitos sociais e a aplicação de taxas exuberantes.
Uma barbaridade que se estende às comunidades residentes no estrangeiro, encerrando consulados, aumentando as tarifas dos serviços prestados pelos postos ainda em funcionamento e as perdas dos escassos benefícios concedidos pelo Estado ao Ensino do Português no Estrangeiro, ensino gratuito e de qualidade, como consta do Art. 74 da Constituição da República Portuguesa.

Paulo Portas e José Cesário, Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Secretário de Estado das Comunidades, usam e abusam do seu poder ao aplicar uma propina anual de 120 euros, aos filhos dos emigrantes que queiram aprender Português, pondo em causa uma das maiores conquistas das comunidades residentes no estrangeiro.

Perante o facto, as comunidades devem questionar-se da utilidade desta classe política que, enquanto oposição, tinham soluções para tudo e assim ganharam três deputados pelo círculo da emigração. Agora, instalados no poder, mandaram às urtigas as promessas de fazerem melhor que o anterior Governo, voltando as costas ao povo de Portugal e mandando borrifar as comunidades, praticando uma enorme injustiça, um dos maiores atentados de sempre ao direito dos nossos filhos e netos de aprenderem a sua língua materna. Uma enorme pulhice vinda de gente sem carácter!

Parabéns à dupla Portas e Cesário. Parabéns à coveira do Ensino do Português no Estrangeiro, a presidente do Instituto da Cooperação e da Língua, ex-Instituto Camões. Este trio de malfeitores vai ficar na história das comunidades pela grande proeza cometida, o fim do EPE. Gente de um Governo desnorteado que, entre afirmações e desmentidos, tem apenas uma orientação: destruir, o mais depressa possível, o sistema de ensino aos filhos dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, despedindo professores, encerrando cursos, retirando a milhares de crianças a possibilidade de aprenderem o Português e colocando, no futuro, a obrigatoriedade de pagamento de uma taxa, a que chamam de propinas, por um novo modelo de aprendizagem sem a garantia de qualidade mínima. No fundo, o que querem são os 120 euros.

Começa a ser cada vez mais evidente: Portas e Cesário não sabem o que fazem nem têm qualquer estratégia de solução para os nossos problemas e começam por dar sinais de desfasamento da realidade; para ser mais claro, de incompetência.

Não façam de nós tolos: a imposição do pagamento das propinas é um roubo! Um roubo descarado que fazem às famílias dos emigrantes. É também um crime em si, esta gente está a matar a língua portuguesa!

Aqui fica um conselho: não paguem!

Manuel Beja
Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Suíça
(Abril 2012)

26/04/2012

Portugueses no estrangeiro contra propina nos cursos de LCP (Lusa).23 Abril

Ensino do Português

Portugueses residentes no estrangeiro organizam-se contra propina

23.04.2012 - 16:56 Por Ana Cristina Pereira, com Lusa

Na Suíça, cerca de 3.000 alunos ficaram sem aulas. As comunidades temem que se passe o mesmo noutros países. A contestação já está organizada, pelo menos, em França, na Alemanha e na Suíça. Portugueses residentes no estrangeiro classificam de “inconstitucional” a introdução de uma propina de 120 euros anuais no ensino paralelo de língua e cultura portuguesa. O ensino de português na Suíça chega ao parlamento no próximo dia 4 [Maio 2012].

A acusação figura num comunicado emitido hoje mesmo pelo Movimento para a Defesa do Ensino de Português na Alemanha. “A propina de 120 euros, se for efectivada, distorcerá de forma altamente negativa o quadro do ensino de Português no estrangeiro. Uns pais irão tirar os seus filhos desse ensino e outros irão pagar a propina sem a garantia de que os seus filhos continuem a usufruir desse ensino por falta de inscrições.”

“O ensino de Português enquanto língua materna, de herança, está a ser eliminado; o Governo tem uma política para a mudança linguística na segunda geração [de portugueses residentes no estrangeiro]”, diz Amadeu Batel, presidente da Comissão de Língua, Educação e Cultura do Conselho das Comunidades Portuguesas, que não distingue o actual do anterior Governo. Batel lembra-se de António Braga, ex-secretário de Estado das Comunidades, defender que se adoptasse a língua do país de residência na comunicação com os filhos.

Ainda no dia 17/03 houve uma manifestação em Berna, na Suíça. Até há pouco, cerca de 22 mil crianças frequentavam cursos de língua e cultura portuguesa nesse país de velha e nova emigração. Em Dezembro, com a retirada de 20 professores, cerca de três mil crianças ficaram sem aulas. Haverá ainda 1.200 nessa situação. Ao chegar à Assembleia da República, deverá servir de trampolim para um debate global já que, refere Batel, o cenário se repete noutros países.

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, tem defendido que os 120 euros cobrem o manual escolar e a certificação no final dos cursos.

Pedro Rupio, conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito pela Bélgica, também já veio a público repudiar esse discurso: «Só falta terem o descaramento de anunciar que essa medida irá atrair mais juventude ou que irá levar a um aumento de inscrições. Todos nós conhecemos as consequências desta medida: num primeiro tempo, haverá uma redução maciça do número de inscrições. Observar-se-á então uma diminuição do número de horários e, obviamente, do número de professores, formando-se um ciclo vicioso sem fim, até ao momento em que apenas reste uma turma simbólica para ser usada nos discursos oficiais como “prova” de que o Estado “financia” o estudo da nossa língua aos filhos dos emigrantes.»

Cursos de LCP (jornal "Le Courrier").16 Abril

Les Portugais devront payer les cours de langue maternelle

LUNDI 16 AVRIL 2012 - Pauline Cancela

INTÉGRATION • A Genève, les parents lusitaniens se battent pour faire respecter le droit à l’enseignement gratuit du portugais en Suisse. Lisbonne invoque l’austérité budgétaire.
L’austérité en vigueur au Portugal déploie ses tentacules jusque dans les classes genevoises. Dès la rentrée de septembre, les écoliers d’origine lusitanienne devront payer leurs cours de langue et de culture d’origine (LCO), jusque-là entièrement financés par le gouvernement de Lisbonne, via ses ambassades. La nouvelle fait grincer les dents des parents portugais de Genève, qui dénoncent depuis deux ans la dégradation de l’enseignement.

Cet important outil d’intégration leur coûtera désormais 120 euros par année par enfant – contrairement aux cours d’espagnol qui restent gratuits malgré la crise. A un mois des inscriptions définitives, l’Association de parents d’élèves et éducateurs portugais Genève (APEEPG) espère encore faire plier le parlement portugais en leur faveur (lire ci-contre).

«Violation de la Constitution»

«C’est une violation de la Constitution», dénonce la présidente de l’APEEPG Carla Rocha. Les cent quarante membres de l’association tirent la sonnette d’alarme depuis février 2010, date à laquelle un premier lot de jeunes s’est retrouvé sans professeurs. A la fin 2011, le départ de quatre enseignants a laissé six cents élèves du bout du lac sans classe, sur une communauté de trois mille cinq cents enfants.

Si chaque élève a pu être replacé, il n’empêche que les classes sont aujourd’hui pleines à craquer. «Plus de trente enfants par salle!» se désole Carla Rocha. Selon elle, la qualité des cours laisse déjà à désirer depuis longtemps. «Les horaires sont inégalement répartis et rien ne garantit qu’un professeur va rester. Le matériel scolaire est conçu pour l’apprentissage d’une langue étrangère et non maternelle, c’est très dévalorisant.» Les parents payeront probablement leur dû, par pragmatisme, mais ils exigent une contrepartie: combien d’heures de cours, quels manuels, combien de professeurs? «On ne va pas payer pour ce statut quo», avertit Carla Rocha.

De son côté, le consul général du Portugal à Genève, Carlos Oliveira, est certain que «le financement des parents permettra une plus grande stabilité de l’offre et une qualité de l’enseignement améliorée. Il ne s’agit pas de grosses sommes, d’autant que le matériel scolaire est inclus, rappelle-t-il. Je crois que les parents ont très bien compris l’idée.» Pour le haut fonctionnaire, c’est le seul moyen de sauver les cours.

Meilleur contrôle du DIP

Heureusement, les petits Lusitaniens ont la chance d’avoir un soutien très fort du Département de l’instruction publique (DIP), bien qu’un financement de l’Etat genevois soit exclu. Ce dernier, avec les communes, leur fournit salles et support logistique. «La communauté portugaise est une des plus représentées dans nos écoles, sinon la première», relève la secrétaire générale Myriam Fridman, qui entretient une collaboration rapprochée avec le consulat. «Le DIP est convaincu de l’importance des langues d’origine, parce qu’elles favorisent la cohésion familiale et sociale, mais sont aussi un support important pour l’apprentissage du français.»

Depuis quelques années, les résultats de ces classes, toutes langues confondues, sont d’ailleurs ajoutés aux carnets de notes. Le département planche actuellement sur l’intégration des cours LCO dans la journée à l’accueil continu. Pour toutes ces raisons, les parents demandent aujourd’hui au canton d’exercer un plus grand contrôle sur les enseignements de langue maternelle. «Cela pourrait faire pression sur le Portugal», estime Carla Rocha.

Vingt profs licenciés en Suisse
Le ras-le-bol des parents portugais est national. Le 17 mars dernier, les représentants de la communauté lusitanienne et le syndicat Unia ont manifesté à Berne contre le «démantèlement» des cours LCO. Dans le même temps, les manifestants ont dénoncé le licenciement injustifié de vingt enseignants en Suisse – sur un effectif d’environ cent cinquante. «L’apprentissage de la langue portugaise est essentiel à l’intégration de la communauté», souligne la syndicaliste Marília Mendes. «Il permet à l’enfant de s’identifier et de rester en contact avec son pays d’origine.»
Un Comité citoyen pour la défense de l’enseignement du portugais en Suisse rassemble désormais les antennes cantonales de la communauté. Il s’attend à d’autres licenciements et estime à cinq mille deux cents le nombre d’enfants qui ne pourront plus apprendre leur langue maternelle en Suisse.
La colère est la même en France, relaye l’agence de presse Lusa. «Nous rencontrerons bientôt des associations venant d’autres pays européens», annonce Carla Rocha, présidente de l’Association de parents d’élèves et éducateurs portugais Genève. Les députés portugais se seraient saisis du dossier et pourraient aller dans leur sens, confie-t-elle. Une question de semaines. PCA

Cursos de LCP (jornal "Tribune de Genève").16 Abril


Les cours de portugais seront payants à Genève

Par Bartek Mudrecki. Mis à jour le 16.04.2012

Une association genevoise s'alarme des restrictions budgétaires du Portugal imposées sur les cours de langue distillés aux jeunes ressortissants. Le consulat temporise.
Cours de langue et de culture italienne

A l'instar de l'Espagne, l'Italie a maintenu les subventions suffisantes pour ne pas obliger les parents à payer les cours de langue.

«Nous avons neufs professeurs à Genève payés par le Ministère des Affaires étrangères italien. En plus, une association offre six éducateurs supplémentaires. Mais là, il y a une cotisation facultative à hauteur de 200.- par année scolaire pour les familles les plus aisées», confirme Damiano de Paola, proviseur et directeur du bureau scolaire pour la Romandie au consulat italien.
Mots-clés
La crise économique qui sévit en Europe n'a pas épargné le Portugal. La cure d'austérité va jusqu'à affecter ses citoyens domiciliés en Suisse. A Genève, l'association de parents d'élèves et d'éducateurs portugais (APEEPG) alerte le public concerné, relate Le Courrier dans son édition du jour. Et pour cause.
Un nouveau frais
Gratuits depuis de nombreuses années, les cours de langue et de culture lusitaniennes seront dorénavant payants pour les ressortissants du pays, à hauteur de 145 francs annuels par enfant scolarisé. L’accès en serait donc plus restreint. Le Portugal, jusqu'à la rentrée 2012, subventionnait entièrement ces cours, et c'est pour cela que la présidente de l'APEEPG, Carla Rocha, parle d'une «violation de la Constitution portugaise.» Qui plus est, «les délais d'inscriptions sont plus courts: l’État joue la montre pour minimiser le nombre d'élèves et ainsi diminuer les frais occasionnés. Moins il y aura d'inscrits, plus le gouvernement pourra rapatrier de professeurs» explique-t-elle.
Carlos Oliveira, consul portugais à Genève, nuance les craintes: «Lisbonne s'est engagée à maintenir les cours et les professeurs à l'étranger.» Le 4 mai prochain, les députés vont d'ailleurs statuer sur le problème. En attendant, «nous travaillons du mieux possible avec l'association pour maximiser les inscriptions d'ici à la fin du mois, surtout qu'il y a beaucoup de nouveaux migrants qui arrivent en Suisse», raconte-t-il.
Pour lui, la somme de 145 francs est raisonnable en temps de restriction, et majoritairement acceptée par les personnes concernées. Ce nouveau frais couvrira environ 10% des dépenses engendrées, selon ses estimations, et les 90% restants seront donc toujours subventionnés par Lisbonne. «Cela permettrait aussi de plus impliquer les parents dans l'apprentissage de leurs enfants, ce qui n'était pas forcément le cas auparavant.» Le consul précise que, malgré la nouvelle politique, les manuels seront compris dans les frais et que les cours donneront accès à une certification européenne, ce qui n'était pas le cas avant 2010.
Menace sur la qualité
La dégradation de la qualité des cours est aussi au centre des préoccupations de la présidente de l'APEEPG. Depuis 2010, certains professeurs ont été rappelés au pays, et les manuels sont «construits comme si la langue était étrangère et non plus maternelle, ce qui est très dévalorisant», se plaint la présidente. Elle ironise ainsi cette situation: «Pour commencer une vie, il faut savoir d'où on vient. Désormais, le Portugal refuse le droit aux binationaux d'être aussi portugais.»
Quant au Département de l'Instruction Publique, «s'il devait y avoir une menace de disparition de l'apprentissage de la langue portugaise, nous rentrerions en négociation avec le gouvernement», explique Miriam Fridman-Wenger, secrétaire générale adjointe. «Mais nous facilitons déjà l'accès logistique pour les cours de langue et culture étrangères, de sport, de musique, etc.» D'ici 2014, il est prévu d'intégrer ces cours extrascolaires à la journée d'accueil continu pour en faciliter l'accès.

06/04/2012

Emigrantes em França rejeitam pagamento de propinas nos cursos de Português (Lusa)

Emigrantes portugueses em França rejeitam pagar aulas de Português

Paris, 05 abril (Lusa) – O Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro e a Comissão dos Direitos dos Portugueses em França pediram hoje aos pais dos alunos do ensino paralelo que não paguem a propina anual que o Governo exige. 
 
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, anunciou, em março, que os alunos de português no ensino paralelo passariam a pagar uma anuidade de 120 euros. O responsável justificou a medida com a necessidade de “investir na qualidade do sistema”.

“O que está em causa não é o pagamento das aulas, mas uma comparticipação através de uma propina anual, que se destina à certificação das aprendizagens, à formação de professores, e a pôr ordem na escolha dos manuais escolares”, explicou. 

A medida é contestada por pais, professores e sindicatos, que acusam o Governo de estar a abrir a porta à privatização do Ensino Português no Estrangeiro (EPE).

Em comunicado, o Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro e a Comissão de Defesa dos Direitos dos Portugueses em França afirmam que vão “unir esforços” para “continuar a luta” contra o que dizem ser “medidas inconstitucionais, preconceituosas e discriminatórias, tomadas em prejuízo da língua e da cultura portuguesas” no estrangeiro.
As duas entidades pedem, assim, aos pais dos alunos que frequentam o EPE que recusem pagar a anuidade pedida pelo Governo e que rejeitem as pré-inscrições nas aulas.  

“Os portugueses residentes no estrangeiro não desejam ser clientes do Estado português. Pretendem ser tratados como cidadãos da República Portuguesa”, lê-se no texto enviado às redações.  

Os dois grupos consideram que as pré-inscrições 'online', que o Governo entende que ajudarão a planear com mais eficácia a rede do EPE, de acordo com as necessidades de cada local, “só criam confusão” e constituem “mais um motivo para afastar os lusodescendentes da língua e da cultura portuguesas”.

Quando, em janeiro, entraram em vigor os cortes decididos pelo Governo na rede de professores de português no estrangeiro, cerca de 2.700 alunos ficaram sem aulas em França. A Coordenação do Ensino levou depois a cabo um processo de reajustamento das turmas e recuperou quase 300 alunos. Os restantes continuam sem lições ou passaram para o sistema privado.