04/02/2013

PCP alerta para situação dramática dos novos emigrantes na Suíça (JN, 3 de Fev. 2013)

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3032226 

PCP alerta para situação "dramática" dos novos emigrantes na Suíça

Sociedade – 3 de fevereiro de 2013

O responsável pela Organização do PCP na Suíça alertou, este domingo, que há cada vez mais portugueses com formação universitária que emigram para aquele país, em "situação de desespero" e em busca de emprego, acabando por aceitar qualquer trabalho "miserável".

foto: Leonel de Castro/Global Imagens
Uma tarja com um alerta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas

A descrição foi feita à agência Lusa por Manuel Alho, no final de uma reunião da Organização do PCP na Suíça para discutir os problemas da comunidade portuguesa.

Segundo Manuel Alho, muitos dos novos emigrantes portugueses na Suíça são "quadros" e pessoas com "formação superior" que, em "situação de desespero", optam por tentar a sorte naquele país, onde também já é "muito difícil" arranjar trabalho, pelo que acabam por aceitar tarefas, por mais desqualificadas que sejam.

Na reunião deste domingo em Berna estiveram presentes portugueses que emigraram para a Suíça e que se encontram a viver com muitas dificuldades, tendo apenas a ajuda de amigos, já que, de acordo com Manuel Alho, a Embaixada portuguesa não tem dado qualquer apoio aos emigrantes, apesar de informada dos casos em concreto que atingem os compatriotas.

A falta de apoio e acompanhamento das estruturas consulares e diplomáticas de Portugal aos emigrantes que chegam e vivem em "situação precária" é uma das críticas do responsável do PCP na Suíça, numa altura em que os próprios meios de comunicação social locais noticiam o crescente fluxo migratório de portugueses para aquele país.

Outra das críticas de Manuel Alho vai para as dificuldades do ensino do português na Suíça, observando que o Governo português tem "empurrado essa responsabilidade" para o país de acolhimento dos emigrantes, tendo recentemente [em Janeiro de 2012] sido despedidos cerca de 20 pessoas que se dedicavam ao ensino da língua lusa, que devia ser vista por Portugal como um "investimento e uma mais-valia".

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