PORTUGAL
POST (7 de Janeiro de 2014)
Sindicato contra destino das receitas das propinas pagas na Europa para ensino do português
As propinas pagas na Europa para o ensino de
português estão a ser gastas na formação de professores na América do Norte e
não na qualificação do ensino nos países europeus, criticou hoje o Sindicato
dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL).
O sindicato "não pode de modo algum
estar de acordo com esse procedimento", já que "os encarregados de
educação na Europa pagaram a propina na boa-fé de que esse dinheiro seria
utilizado para melhorar as condições de ensino dos seus filhos" mas "não
é o que está a acontecer", refere o SPCL, em comunicado, salientando que
essa informação foi dada pelo secretário de Estados das Comunidades, numa
reunião em Dezembro.
Habitualmente, os professores nos Estados
Unidos e no Canadá são contratados por entidades locais privadas ou públicas,
já que eles não pertencem à rede de professores do Instituto Camões, recorda o
sindicato.
Por isso, afirmou à Lusa Maria Teresa Soares,
dirigente do SPCL, as propinas anuais pagas no Reino Unido, na Alemanha, no
Luxemburgo e na Suíça - que atingiram dois milhões de euros - deviam de ser
dedicadas a melhorar as condições de ensino da língua portuguesa nestes países
e não nos Estados Unidos ou Canadá.
A secretária-geral do SPCL também levantou
outros problemas recorrentes relacionados com os livros dos alunos, que ainda
não chegaram ou que não são adequados, e os salários dos professores, pagos
frequentemente com atraso.
Na zona de Zurique, na Suíça, que tinha falta
de professores no regresso às aulas, os lugares foram preenchidos através da
contratação local, acrescentou a dirigente.
LUSA
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