SINDICATO DOS PROFESSORES NAS COMUNIDADES
LUSÍADAS
O SPCL NÃO DESISTE
O SPCL É COERENTE
O SPCL LUTA PELO
EPE E PELOS SEUS
PROFESSORES
Caras e caros colegas do EPE
Como esperamos ser do conhecimento de todos, a ação do
SPCL, apoiada pela FNE, tem sido caraterizada pela coerência e dedicação em
defesa de um Ensino Português no Estrangeiro com qualidade e continuidade,
assim como temos defendido, a todo o custo, a dignidade pessoal e profissional
dos professores e os postos de trabalho dos mesmos.
Nunca nos deixámos enganar por promessas ilusórias e
inevitabilidades falsas, como nos foram apresentadas pelo CICL em novembro
passado “se não retirarmos agora 49 professores do sistema, temos de retirar
200 no fim do ano.”
Não acreditámos, não aceitámos, denunciámos e
protestámos.
E continuaremos a não acreditar, a não aceitar, a
denunciar e a protestar. Sempre, e sem reservas.
É esta a nossa linha, e sempre foi. Temos plena
consciência, e várias vezes o declarámos, que o sistema de EPE está a ser
destruído intencionalmente, sob pretextos economicistas com que tentam
disfarçar a inexistência de vontade política para manter um sistema que já se
encontra reduzido à expressão mínima.
Somos atualmente menos de 400 professores na Europa, e,
com base na redução artificial do número de alunos, causada pela propinas,
existe a forte possibilidade de sermos ainda menos.
Não podemos de modo algum pactuar com a atual política de
destruição de um sistema de ensino que serve os interesses da comunidade portuguesa
no estrangeiro e que contribui fortemente para manter e reforçar e elo de
ligação dos portugueses além-fonteiras àquela que continuam a considerar a sua
pátria.
Não é crível que não haja verba para manter os 400
docentes atuais. Não será por retirar mais docentes do EPE que a situação
económica de Portugal melhorará. Mas poderá a longo prazo piorar, se os
empresários portugueses e luso-descendentes no estrangeiro se começarem a
afastar de um país que não os reconhece como cidadãos de pleno direito.
Será um erro total e de consequências irreparáveis, o de
terminar com o EPE.
A Constituição da República Portuguesa considera tarefas
fundamentais do Estado assegurar o ensino e defender e valorizar
permanentemente a língua portuguesa, defender o seu uso e fomentar a sua
difusão internacional.
Uma “catastroika” passageira nunca poderá ser usada como
desculpa para implementação de medidas que desrespeitam os direitos dos
portugueses no estrangeiro.
Com a transparência, honestidade e coerência que até
agora têm caraterizado as suas ações, o SPCL continuará a defender o EPE e os
seus professores.
Convosco, sempre.
Nuremberga, Alemanha, 2 de junho de 2012
Maria Teresa Nóbrega Duarte
Soares
Secretária- Geral do SPCL
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