TSF - Publicado a 09/05/2012 às 08:45
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2506498&page=-1
Procura de aulas de português no estrangeiro cai 26%
O
secretário de Estado das Comunidades não crê que esta redução esteja
ligada com as propinas para estas aulas. O conselheiro das Comunidades
Portuguesas em Bordéus e Toulouse discorda.
A
procura de aulas de português no estrangeiro vai cair 26 por cento, uma
vez que estas aulas vão ter menos nove mil alunos no próximo ano letivo
do que os que estão inscritos neste ano.
Ouvido pela TSF, o
secretário de Estado das Comunidades considerou que o anúncio de uma
propina anual de 120 euros para estas aulas «não tem significado
relevante, visto que desde há muito damos por adquirido que há
frequências que são bastante inferiores ao número de alunos
matriculados».
«Temos agora um retrato mais real da situação dos
cursos paralelos na generalidade destes países», afirmou José Cesário,
que lembra que em países como a França, Suíça e Alemanha não se
verificou uma baixa significativa no número de alunos para estas aulas.
Sobre
a baixa de alunos que frequentarão aulas de português em França no
próximo ano letivo e que passa de 9700 para menos de 4500, José Cesário
diz que esta redução pode estar relacionada com o «facto de os alunos
das escolas associativas não se terem inscrito na sua maior parte».
«Pode
ainda haver alguma falta de informação nalgumas zonas de França
relativamente a esta nova inscrição», acrescentou este secretário de
Estado sobre uma tese que não tem a concordância do conselheiro das
Comunidades Portuguesas em Bordéus e Toulouse.
Também em declarações à
TSF, Álvaro Pimenta diz que a redução de alunos está relacionada com as
«propinas de 120 euros» e lembrou as «aulas de português foram sempre
dadas gratuitamente, o que está na Constituição da República».
«É
muito triste chegarmos ao ponto de estarmos a perder a nossa cultura e
língua portuguesa», adiantou este conselheiro, que garantiu ter
conhecimento de casos de pessoas que não se inscreveram nestas aulas por
falta de dinheiro.
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