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Apelo à Comunidade: Lutemos pelos
nossos direitos!
No momento
em que ocorrem fortes ataques governamentais a uma das grandes conquistas
constitucionais da Diáspora, a estruturação de um ensino gratuito e de
qualidade, através do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE), ao serviço
dos filhos dos emigrantes (Artigo 74º da Constituição da República
Portuguesa), o "Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no
Estrangeiro" e a "Comissão de Defesa dos Direitos dos Portugueses
em França" decidiram unir esforços no sentido de continuar a luta contra
um conjunto de medidas inconstitucionais, preconceituosas e discriminatórias
tomadas por este Governo em prejuízo da língua e da cultura portuguesas.
Assim, o
"Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro" e a
"Comissão de Defesa dos Direitos dos Portugueses em França" lançam
os seguintes apelos aos pais dos alunos que frequentem o EPE:
1- Recusar o pagamento da propina de 120 €. Esse pagamento
desrespeita a Constituição e constitui uma discriminação dentro do próprio
EPE, pois, devido à especificidade do EPE em França, esse pagamento somente
se aplicará ao ensino paralelo e não ao ensino integrado. Os portugueses residentes
no estrangeiro não desejam ser "clientes" do Estado português,
pretendem, sim, ser tratados como cidadãos da República Portuguesa. O ensino
gratuito e universal é um direito.
2 - Exigir um ensino de qualidade. O Governo pretende que crianças de diferentes idades e com níveis de ensino divergentes frequentem, simultaneamente, as mesmas aulas lecionadas pelo mesmíssimo professor. Isto irá acontecer tanto no ensino primário como no ensino secundário. Ora, esta situação contraria os mais elementares princípios da Psicologia e da Pedagogia, pois, como se sabe, cada idade ou estádio de desenvolvimento exigem diferentes estratégias pedagógicas. O Governo, ao exigir aos pais que paguem por um ensino que terá, inevitavelmente, menor qualidade, é paradoxal e demonstra uma tremenda falta de respeito para com os membros da Diáspora.
3 - Rejeitar as pré-inscrições online. As pré-inscrições no
ensino primário já estão a decorrer, em colaboração com as entidades
francesas, até 30 de abril. As associações também já fizeram as suas
pré-inscrições (cujo prazo terminava a 23 de março). Esta inscrição online,
realizada neste momento, só cria confusão e apenas constitui mais um motivo
para afastar os lusodescendentes da língua e da cultura portuguesas.
Os portugueses residentes no estrangeiro têm direito
ao mesmo ensino universal e gratuito que têm os portugueses residentes em
Portugal.
Os portugueses residentes no estrangeiro contribuem
anualmente com dois mil milhões de euros (remessas) para a economia
portuguesa. Isso já é pagamento que chegue!
Coletivo
para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro
Comissão
de Defesa dos Direitos dos Portugueses em França
Paris, 5
de abril de 2012
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